domingo, 10 de março de 2013

O poema violeta

Lês-te para mim
o poema violeta,
um poema sobre fadas e borboletas
e a alegria pousou em mim
como pousa nas violetas a borboleta
com delicada silhueta.

Pousaste em meu caminho
tão alegre e serena,
como a abelha pousa pequena
na singularíssima e majestosa trombeta.

Pôs-te á ler,
imediata, espoleta
e me fizestes pousar também
nas alegrias facetas
ao ouvir o esplendoroso hino teu -
O poema violeta!



Guilherme de Carmo 17/01/2008

Carinhosamente feito para a amiga Sarah Leocádio após uma noite onde trocamos foneticamente poemas de nossas autorias em uma praça, compartilhando amor amigo e sonhos amenos, em comuns e não, um enorme abraço, eu amo você!

O poema violeta é de baseado em um poema da autoria de Sarah Leocádio, ao ler suas poesias para mim, esse foi o que eu mais me identifiquei, curti, sonhei. Fiz este poema com base no seu, embora não me lembre mais o nome dele, divulgue, lembro-me que era lindo!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Entre o ódio e o amor

Nada neste mundo me sustenta
nem o amor e nem o ódio.
Nada neste mundo me alimenta
nem o ódio, nem o amor.

Eu estou sozinho, eu posso ver!
eu fico sóbrio neste instante
somente para refletir,
é como um cubo de gelo no fogo
ou uma tocha de fogo no gelo,
nada me mantém...
Nada mantém-me como eu desejo.
eu me sinto só e tento desistir
de imensos desejos,
mas, nada me mantém,
nada me sustenta
e ainda existe uma dor,
uma imensa dor grande,
entre o claro e o escuro,
entre o errado e o errado,
entre o ódio e o amor.

Guilherme de Carmo  08/03/2006 e 11/03/2006

terça-feira, 5 de março de 2013

Uma aranha me amando

Eu me lembro.
Eu estava em profundo sono
quando um som me atordoou,
de leve eu abri os meus olhos
e lá estava ela, perto dos meus pés.

Eu me lembro,
ela olhou para mim e subiu
em um dos meus pés,
seu toque me congelando,
me paralisando completo por dentro,
ela andava, vagarosa subia o meu corpo
e eu deitado, com o corpo congelado,
apenas meus olhos podiam se mover,
então eu a-seguia  com eles
e ah, ela subia, lentamente vagarosa subia,
uma aranha em emu corpo,
eu não podia fechar os olhos,
então o bote!
...Ela me mordeu no pescoço.
Meu sangue derramando,
uma aranha me amando...

Ela sugava,
eu não podia respirar
e eu estava certo - Ela queria me amar!
Derramando todo o meu sangue, me paralisando,
ah, uma ranha me amando!

Guilherme de Carmo 22/09/2005 - Quinta-feira.

> Poema inspirado no filme ARACNOFOBIA ( http://www.youtube.com/watch?v=KxhSFuAF-EU ), onde um dos personagens principais sofre de Aracnofobia (Horror mórbido de aranhas) e relata a história num breve trecho do filme, um episódio da sua vida quando criança mais ou menos parecida com a do poema acima. O poema também é inspirado na música e vídeo clipe Lullaby da banda THE CURE, confira: http://www.youtube.com/watch?v=ijxk-fgcg7c


segunda-feira, 4 de março de 2013

Um túmulo de sangue


Eu estou na carne viva
totalmente descascado,
rosas ao meu redor
velas por toda parte,
o som da ópera me fazendo adormecer.

Meus lábios estão costurados,
meus olhos vendados,
estou sem oxigênio
pessoas ao meu redor prezando sua última orações,
lágrimas por toda parte,
a sinfonia me fazendo adormecer...

Meus gritos para dentro,
minhas lágrimas escondidas
totalmente sem face, sem oxigênio...

Há sangue ao meu redor,
crucifixos espalhados por toda parte,
as vozes não me deixam dormir
e eu não consigo respirar,
não, eu não consigo adormecer
está ficando frio agora
e eu me sinto só.

Eu estou trancado, trancado em
um túmulo de sangue!

guilherme de Carmo 29/06/2005 - Quarta-feira

sábado, 2 de março de 2013

Sonho de flores

Eu encontro você
em um oceano de flores
e as flores querem te devorar,
eu encontro você em uma corrente de ar
e as flores estão á reclamar.

Ás vezes você se sente presa,
perdida em uma lamaçal,
ás vezes você sonha e os sonhos,
os sonhos são de flores...
Ás vezes você complica e some,
confusa e correta, corre para as tenras flores.

As flores tenras,
o seu semblante mórbido
e quando há riso, está á me amar.
A terra dormece e você adorme,
teu rosto fica azul e uma lágrima desce á brilhar
e o teu riso novamente, ele vem á me amar,
está em um sonho de flores,
em um sonhos de Flores...

Guilherme de Carmo 18/03/2006

Poema oferecido ao amigo: Jonas Henrique Apolinário (Poeta Henri Page) e inspirado na música Bloodflowers da banda britânica The Cure

Olhos tímidos

Como um lírio lívido,
você me olha, numa só pressa
abaixo meus olhos tímidos...

Como o céu-anil
você  me abre um sorriso lindo
e bota a mão em meu queixo
e levanta o meu rosto sem pressa
e olha para mim sentindo.

Meu olhar triste se volta para baixo novamente
e novamente ficamos sem princípios,
meus olhos negros lhe causam dor
e você sem graça se vira, despedindo-se.

E sozinhos meus olhos
vão seguindo você indo,
e trêmulos de amor novamente vão caindo -
Os meus olhos tímidos.

Guilherme de Carmo 11/12/2007

O fim do túnel

Sem tempo para me arrepender
tudo o que eu queria era intensamente viver,
jogar-me no mar da vida,
no lado claro e escuro,
sem pressa para morrer,
viver no quente e no frio,
saber sentir na hora certa...
...mas meu coração está inteiramente vazio
e no meu peito dorme e cala e vegeta sozinho...

Queria me apresentar novamente á mim mesmo
e olhar para mim completamente
toda vez que fosse preciso...
Mas, eles me prenderam no lado escuro do espelho,
em seus cárceres de mágoas e ó...
... Isso aqui como faz frio...

A chama não anseia mais em me queimar,
vivo intocado no fim do túnel, esperando a
mão quente á buscá-la
e passa um, dois séculos em dias,
em noites á esperar
e fica ali, fosca e intocada,
no fim do túnel, em meu coração!

Guilherme de Carmo 06/12/2007